Solidariedade instantânea ...






No metrô de Nova York


As pessoas estavam calmamente sentadas, lendo jornais, divagando, descansando com os olhos semicerrados. Era uma cena calma traquila. As crianças faziam algazara e se comportavam mal, de modo que o clima mudou instantaneamente.

O homem sentou-se ao meu lado e fechou os olhos, aparentemente ignorando a situação. As crianças corriam de um lado para outro, atiravam coisas e chegaram até a puxar os jornais dos passageiros, incomodando a todos. Mesmo assim o homem ao meu lado não fazia nada.

Ficou impossível evitar a irritação. Eu não conseguia acreditar que ele pudese ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos incomodassem os outro daquele jeito sem tomar uma atitude. Dava para perceber que as demais pessoas estavam irritadas também. A certa altura, enquanto ainda conseguia manter a calma e o controle, virei para ele e disse:

- Senhor, seus filhos estão pertubando muitas pessoas. Será que não poderia dar um jeito neles?

O Homem olhou para mim, como se estivesse tomando consiência da situação naquele exato momento, e disse calmamente:

- Sim, creio que o senhor tem razão. Acho que deveria fazer alguma coisas. Acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora. Eu não sei o que pensar, e parece que eles também não conseguem lidar com isso.

Podem imaginar o que senti naquele momento? Meu paradigma mudou. De repente, eu vi as coisas de um modo diferente, e como eu estava vendo as coisas de outro modo, eu pensava, sentia e agia de um jeito diferente. Minha irritação desapareceu. Não precisa mais controlar minha atitude ou meu comportamento, meu coração ficou inundado com o sofremento daquele homem. Os sentimentos de compaixão e solidariedade fluíram livremente.

- Sua esposa acabou de morrer? Sinto muito. gostaria de falar sobre isso? posso ajudar em alguma coisa? - Tudo mudou naquele momento.


Trecho retirado do livro: " os 7 hábitos das pessoas muito efeicientes" , autor: Stephen R. Covey.

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